Desafio
Adoramos tinta em papel, mas há de se questionar quando seu uso não é apenas nostalgia. O meio digital há tempos não exige mais o prescindir de requinte visual. Ainda assim, em conversas com as organizadoras da Mostra Curta Audiovisual, a todos nós pareceu que um programa impresso seria pertinente – desde que, e isso é importante, se fizesse justiça ao meio, sendo muito prático e muito bonito.
Solução
O programa resulta de respostas a perguntas difíceis: Dimensões? (Tem de ser leve e portátil, mas com cuidado: páginas pequenas não abarcariam cada ”noite" da mostra em uma página, dificultando a navegação.) Tipografia? (Deve complementar a marca, mas tem de ser legível – inclusive em situações de pouca luz, comuns em uma mostra de filmes!) E tantas mais: cores, organização, ícones, etc...
Discutiu-se sobre usar ou não cor. Por um lado a cor é um elemento de destaque bastante expressivo, e o azul ficou bem estabelecido enquanto cor da 10ª edição da Mostra. Ao mesmo tempo, o custo adicional representaria um risco orçamentário para a Mostra, que depende de verba bem limitada. No fim, optou-se pela opção simples, apostando-se que com diferentes tons de cinza seria possível criar as distinções necessárias entre categorias de informação.
O formato escolhido é estreito mas comprido. A ideia é que, dobrado, seja fino o suficiente para que caiba num bolso de calça, por exemplo, mas que ainda assim tenha espaço suficiente para acomodar toda a programação de um módulo da mostra em um único par de páginas.
Para destacar as diversas informações de cada módulo da mostra e de cada filme (duração, gênero etc), optamos por uma solução que dependia principalmente de posicionamentos padronizados ao invés de legendas e/ou ícones. Além de uma certa economia de espaço, acreditamos que ao seguir uma “grade” visual padronizada em tempo os leitores passariam a apreender mesmo que de relance essas informações.
